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Jornada Mundial da Juventude

9 jul
Jornada: encontro propício com o Senhor!

Jornada: encontro propício com o Senhor!

“Acolham-se uns aos outros, como Cristo acolheu vocês, para a glória de Deus” (Rm 15,7).

A expectativa pelo início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2013 aumenta a cada dia. Ela será realizada no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho e pretende reunir cerca de dois milhões de jovens de todo o mundo. Será o maior evento envolvendo a juventude no Brasil. A jornada revela-se ainda mais importante porque teremos a presença do Papa Francisco.

A pré-jornada, ou Semana Missionária (SM), ocorrerá entre dos dias 16 e 20 de julho, ou seja, uma semana antes da jornada principal. Milhares de jovens peregrinos serão acolhidos pelas famílias, colégios e entidades católicas.

Embora o evento principal seja a JMJ, a SM reveste-se de sua importância a partir de três eixos basilares: o da fé, o cultural e o da solidariedade. Pela fé será o momento propício de os jovens, oriundos de diversas nações, intensificar seu encontro pessoal com Jesus Cristo e seu Evangelho; na cultura, por meio da pluralidade de povos e línguas, será um espaço adequado para a partilha e o conhecimento de outros costumes; como experiência de solidariedade, o objetivo é envolver a juventude local e os peregrinos em campanhas e projetos solidários.

A Páscoa do Senhor acontece no mundo hodierno, em meio às dificuldades, alegrias e esperanças de seus seguidores. Viver a Páscoa de Jesus promove intensas mutações na sociedade: da cultura de morte passamos para uma de vida; da violência caminhamos para a paz; da maldade modificamos para homens e mulheres de bem; do ódio o amor triunfará; e da tristeza a alegria tomará conta do nosso ser!

O jovem será um missionário se seguir os passos dos apóstolos e discípulos do mestre Jesus. O Filho de Deus, ao ascender aos céus, não deixou órfãos seus seguidores de ontem e de hoje, prometeu-lhes um “advogado”, um defensor, o paráclito, que iria acompanhá-los em todos os momentos da missão. E assim o fez, conforme é retratado no livro dos Atos dos Apóstolos (1,8): “Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria, e até os confins da terra”.

Que Nossa Senhora e São Luís Gonzaga, Patrono da Juventude, abençoe os jovens e as pessoas que irão ajudar na semana missionária nesse tempo de graça e de encontro com o Senhor Ressuscitado! Amém!

Solenidade de Pentecostes

18 maio

pentecostes (1)Vem Espírito que é Santo, dá-me teu encanto, traz-me a conversão, faz de mim libertação. Transforma tudo que eu sou, e infunde em mim o teu amor, ô,ô,ô.

Neste domingo, dia 19 de maio, a Igreja comemora a solenidade de Pentecostes. Para o povo judeu era tempo de comemorar a colheita do trigo. Vinha gente de todos os cantos para Jerusalém. Os primeiros frutos da colheita eram oferecidos no Templo.

Após da morte de Jesus, 50 dias depois, o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos. Estes estavam reunidos no mesmo lugar, ou seja, estavam com medo, receosos de testemunhar o Ressuscitado, tudo aquilo que viram e ouviram do mestre Jesus não fora suficiente para impulsioná-los à missão. Relata o evangelista João que Jesus entrou na sala onde todos estavam e no meio dos discípulos desejou-lhes a sua paz. Era verdadeiramente Jesus, tanto que eles se “alegraram por verem o Senhor” (Jo 20,21). Este é o sentimento que devemos ter quando encontramos Jesus ressuscitado. “Alegremo-nos e nele exultemos”.

Depois da paz que Jesus provoca, Ele envia seus discípulos em missão. E todos recebem o poder do Espírito Santo. A simbologia utilizada na primeira leitura (línguas de fogo, barulho, forte ventania), quando todos ali ficaram cheios do Espírito Santo, demonstra que a passividade do cristão dá lugar a uma nova criatura, disposto a pôr em prática a missão do próprio Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres; para sarar os contritos de coração, anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

Na segunda leitura, no entanto, Paulo alerta à comunidade em relação à diversidade de dons e ministérios que não devem ser utilizados para crescimento ou valorização pessoal, mas sim: “A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum” (1 Cor 12,7). (EAC)

 

Fraternidade e juventude

2 fev

CF 2013Mais uma vez a Igreja no Brasil quer nos ajudar a refletir sobre um tema de grande importância social e individual em vista de nossa preparação à Páscoa do Senhor. Durante a quaresma devemos refletir na Campanha da Fraternidade algo que nos questiona e que exige de todos nós mudança comportamental.

Neste ano, a temática da Campanha aborda mais uma vez a juventude. Com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8), a Igreja e seus organismos sociais se debruçam sobre a situação em que se encontra nossa juventude.

Diferentemente do ano em que foi abordado o tema pela primeira vez, em 1992, novos desafios tecnológicos e tendências modernas mudaram comportamento e atitude de toda uma geração de jovens. Somado a isso, temos ainda a edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho. Este evento, cercado de imensa expectativa, irá receber jovens de todo o mundo, que serão acolhidos pelas famílias e comunidades da “cidade maravilhosa”.

A JMJ e os desafios da modernidade para o público jovem são elementos centrais na reflexão da CF 2013 e aludem para seu objetivo geral: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”.

Não obstante ao objetivo geral pretendido pela CF 2013, há outros mais específicos que precisam ser alcançados no diálogo com a sociedade, condicionados à luz do Evangelho, como o de “sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum”; ou ainda o de favorecer aos jovens “um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vidas”.

Que a Campanha da Fraternidade 2013 estimule a cada um de nós a mantermos uma relação dialogal, onde possamos apreender de Jesus Cristo a essência de nossa vida, assim como encontrar no vigor de Deus renovadas atitudes e ações, incitadas pela força do Espírito Santo.

Façamos da oração da CF 2013 nossa oração pessoal e comunitária: “Para sermos anunciadores do evangelho e propagadores do amor de Deus entre os irmãos, enviai-nos, Senhor”.

Teologia 2012: Discurso de formatura

17 dez

A noite de sexta-feira, dia 14 de dezembro, foi marcada não só pela intensa chuva que caiu na cidade de São Paulo, em especial na região da zona norte, mas também pela alegria de um grupo de 40 pessoas que, em meio aos trovões e poças d´água, promoveu sua conclusão de curso. Após cinco anos de estudo, esses homens e essas mulheres, concretizaram sua caminhada no curso de Teologia.

O evento iniciou-se com a realização da santa Missa, celebrada pelo diretor do curso, Padre Valeriano Costa e concelebrada por alguns dos padres professores da faculdade. Em seguida, e já com a presença de todos os formandos, seus familiares e amigos, começou o momento mais importante da noite: a colação de grau.

A cada nome chamado, alegria e saudade se misturavam. Um sonho iniciado há cinco anos, agora tornava-se realidade. Depois das homenagens, discursos, hino nacional, todos se encaminharam para o coquetel festivo em comemoração aos novos téologos da Igreja católica.

Clique e leia o discurso de formatura…

Método de orientação espiritual (II)

23 nov

A maturidade deve fazer parte do processo normal da vida

Esta é a segunda parte do estudo sobre o método de orientação espiritual. A primeira parte foi retratada em 20/11. Há ainda um terceiro momento do método, no qual irei discorrer sobre os mecanismos de defesa, popularmente conhecido como “máscaras”. Boa leitura! Participe deste blog mandando seu texto para publicação.

Adolescência e maturidade

Duas fases distintas da vida do ser humano. Dois períodos de intenso conflito e de posições sociais e culturais a serem definidas. Dessas fases depende o crescimento pessoal e espiritual, ou não, da pessoa. Por isso, essas fases possuem características próprias e visíveis de serem identificadas. Vamos destacar algumas:

Adolescência:

– Rebeldia; na busca por espaço, os jovens se revoltam contra as pessoas; desejam a independência e a liberdade, não à autoridade; atuam em grupo para se oporem; não gostam de serem questionados na vida particular; alimentam sentimentos opostos: amor x ódio, paz x violência etc.

Maturidade:

– Capacidade de suportar as frustrações; controla os impulsos emotivos (agressividade, sexualidade etc.); senso de proporcionalidade; respeito pela opinião e os sentimentos do outro; autocontrole; adapta-se às pessoas e situações; não fica se lamuriando; não idealiza demasiadamente; não se isola de si e dos demais.

Há também alguns elementos que caracterizam uma autêntica falta de maturidade: a) Caráter explosivo: marcado pela dificuldade em dominar as emoções, estado de irritabilidade, pessoa intolerante, exige atenção especial a todo custo sem se dar conta do problema alheio; b) Autopiedade: é o famoso “tudo acontece comigo e só comigo”, ninguém me quer, sofro demais, o seu problema é sempre maior que o do outro etc.; c) Necessidade de consolo: a todo instante a pessoa precisa ser consolada, é o devoto eterno de Nossa Senhora da Consolação por excelência!

Por outro lado, a maturidade é perceptível em pessoas que apresentam:

  • Autossuficiência;
  • Relacionar-se bem com o seu  semelhante;
  • Autodomínio;
  • Aceitação do sofrimento;
  • Perspectivas de longo alcance e interesse pelo bem-estar dos demais.

Ainda dentro dessa relação estabelecida entre orientador e orientando, na busca por maior equilíbrio entre ambas as partes, podemos ainda considerar no aspecto psicológico o que se chama de “princípios éticos” ou “princípios de aconselhamento”. Esses princípios ajudam a conhecer a nossa responsabilidade diante das pessoas e de Deus. Desta forma, o orientador deve sempre primar pela vida, evitar que o orientando seja prejudicado.

  1. Da confidência: evitar mencionar o caso em ambientes que as pessoas reconheçam o orientando;
  2. Da distância: não permitir certas liberdades, por isso o distanciar-se físico do outro;
  3. Da satisfação própria: não se deleitar com a história do outro, nem desviar a atenção do orientando para outros assuntos;
  4. Da convicção cristã: a fé do orientador deve influenciar todo seu agir. Buscar na palavra de Deus as motivações para a orientação;
  5. Da liberdade: não forçar o orientando a continuar recebendo as orientações;
  6. Da limitação: o orientador tem seus limites, não dá para ajudar a todos. Na dúvida, encaminhe o orientado ao especialista.

A família, o trabalho e a festa

17 jul

A família é querida por Deus

Quero refletir com vocês sobre o VII Encontro Mundial das Famílias, que ocorreu na cidade de Milão (Itália), em especial sobre o tema proposto: família, trabalho e a festa. Famílias representantes de todo o mundo estiveram com o Papa, e quiseram saber do Romano Pontifíce o quê a Igreja tem a dizer sobre os problemas mais emergentes do século XXI. A família ocupa um lugar importante e insubstituível na sociedade hodierna.O tema abordado neste VII Encontro refere-se, então, a estas três palavras que envolvem o modo de ser e de viver das pessoas, ou seja, as relações sociais (família), seu comportamento  no mundo (trabalho) e a humanização do tempo (festa). Por sinal, esse será o mesmo enfoque da Semana Nacional da Família, que acontece de 12 a 18 de agosto.

A família é chamada, convocada, a ser imagem do Deus trinitário, na relação entre o homem e a mulher. No relato da criação, a assertiva revela que “Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus: Ele os criou homem e mulher” (Gn 1,27).  O matrimônio é o fundamento da comunidade familiar. É onde o amor conjugal se ordena à procriação e a educação dos filhos, na qual encontra a sua coroação. O amor conjugal é essencialmente dom, enquanto conduz o casal ao conhecimento recíproco que os torna uma só “carne”.

O Papa, em um dos seus discursos em Milão, afirmara que o “amor é o que faz da pessoa humana a autêntica imagem da Trindade, imagem de Deus”. Amor desprendido de desejo, mas desejoso pelo crescimento do outro; amor doação, não interesseiro; amor elevação, não oprimido; amor dialogal, não unilateral; amor sublime, não mesquinho e interesseiro. Amando assim o casal e, por conseguinte, toda a família, torna-se uma valorosa escola de aprendizado das virtudes sociais: respeito pelas pessoas, gratuidade, confiança, responsabilidade, solidariedade.

A família não vive essas dimensões fora da realidade. É imperioso que as vivam frente às dificuldades e dissabores que as relações evocam. No entanto, a superação se dá pela vivência cristã, como descreve trecho da carta aos Hebreus (10,24) “Tenhamos consideração uns com os outros, para nos estimular no amor e nas boas obras”.

Uma das formas de superar esses obstáculos está na própria tríade abordada no Encontro: família, trabalho e festa. De acordo com o Papa, “são três dons de Deus, três dimensões da nossa vida que se devem encontrar num equilíbrio harmonioso”. À família cabem as exigências que lhes é peculiar (casa, filho[s], casal, educação); o trabalho é o espaço de relacionamento entre pessoas de diferentes matizes religiosas e de atuação do leigo; e a festa como momento celebrativo para se cultivar os valores de convivência, amizade, solidariedade, cultura, contato com a natureza, jogo, desporto. É o dia da família, dia que o Senhor preparou para nós que, assim como nos apresenta o relato da criação, em Gn 2,2-3, Deus descansou no sétimo dia e o santificou. Assim nós também devemos viver juntos o sentido da festa, do encontro, da partilha, e claro, da participação na Santa Missa. (EAC)