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Santa e pecadora na unidade

17 nov

Tempo propício para reavivar a fé!

Durante o período em que vigorar o Ano da Fé (até o Domingo de Cristo Rei de 2013), somos convidados a viver intensamente os elementos fundamentais da nossa fé, a fim de compreender mais e melhor o nosso credo. Hoje, quero abordar duas dimensões da Igreja inerentes ao símbolo da fé: a unidade e santidade.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) afirma que a Igreja é una por intermédio do seu fundador: Jesus Cristo, que “por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos num só povo, em um só corpo” (CIC 813). Essa união se dá pela ação e força do Espírito Santo, que une os fieis a Cristo, principio de unidade da Igreja. A unidade não significa uniformidade de culto, de hierarquia ou tipos de teologia. Pelo contrário, a diversidade existente entre membros das comunidades, suas culturas, os dons, nada disso quebra a unidade, mas sim ajuda na sua unicidade, já que todos se colocam a serviço do evangelho sob a custódia do Espírito Santo.

Por diversas vezes ouvimos e lemos que a Igreja é “santa e pecadora”. É pecadora porque todos nós, homens e mulheres, dentro da nossa condição humana, erramos e necessitamos sempre do perdão e da misericórdia de Deus; não há duas “igrejas”: uma santa e outra cujos membros são pecadores. Ser santo significa um povo escolhido por Deus, separado, à parte, não para usufruir de algum benefício particular, mas para em comunidade ser sinal de santidade no mundo.

Como membros dessa Igreja, somos chamados a viver em torno da unidade em Nosso Senhor Jesus Cristo e também na busca de santidade: “Essa é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1Ts 4,3). Essa perfeição não se dá de modo mágico, mas segundo nos aponta a constituição Lumen Gentium (Luz dos Povos) – “(…) todos os fieis santificar-se-ão dia a dia, sempre mais, nas diversas condições da sua vida, nas suas ocupações e circunstâncias, e precisamente mediante todas essas coisas, desde que as recebam com fé, das mãos do Pai celeste, e cooperem com a vontade divina, manifestando a todos, no próprio serviço temporal, a caridade com que Deus amou o mundo” (LG 41).