Tag Archives: Semana Nacional da Família

Três palavras que fazem a diferença em família

31 dez
A família é a base da sociedade

A família é a base da sociedade

O Papa Francisco, assim como seus antecessores e toda a igreja, tem dedicado atenção especial à família. De fato, é na família a primeira experiência de vivência comunitária. Essa prática exige, portanto, um exercício cristão de cada pessoa: pai, mãe e filhos. Em 2014, o Papa já convocou para o mês de outubro, a realização de uma assembleia extraordinária do Sínodo sobre a família. O objetivo é tratar dos desafios pastorais da família no contexto da evangelização.

Numa recente encontro com as famílias no Vaticano, o Papa destacou elementos fundamentais que permitem uma melhor convivência familiar. O Pontífice ressaltou a tríade de vocábulos: com licença, obrigado, desculpa. São três pilares que sustentam a vida cotidiana. O Papa Francisco perguntou na audiência: “Quantas vezes ao dia dizes obrigado à tua esposa, e tu ao teu marido? Quantos dias passam sem eu dizer esta palavra: obrigado! E a última: desculpa. Todos nós erramos e às vezes alguém fica ofendido na família e no casal, e algumas vezes – digo eu – voam os pratos, dizem-se palavras duras…“

Por fim, o Bispo de Roma aconselhou que nenhum membro da família encerre o seu dia sem fazer a paz com os demais, por isso “Pratiquemos estas três palavras em família. Perdoar-se cada dia!”

Agosto: mês vocacional por excelência

14 ago

Somos todos vocacionados à vida!

Neste mês a Igreja dedica carinho especial à reflexão e oração pelas vocações. É o mês vocacional por excelência. Vocação é a “disposição natural e espontânea que orienta uma pessoa no sentido de uma atividade, uma função ou profissão”. Essa orientação não é uma ação apenas humana, mas sim Divina. É Deus quem age na história e nos convoca para viver à sua “imagem e semelhança” nosso batismo. É por esse sacramento que nascemos para uma vida nova, agora sob o paradigma de Jesus Cristo, expressão máxima do amor de Deus por toda a Sua criação.O Papa Bento XVI, na mensagem pelo 49º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações, propunha como reflexão a “vocação como dom do amor de Deus”. Esse amor, vivido em todas as dimensões da pessoa, deve impulsionar a vida cristã para uma abertura ao Divino. Esse encontro se torna possível e viável porque direcionamos nosso amor ao próprio Deus e ao próximo.

O tema, portanto, deste mês vocacional é pertinente: “Chamados à vida plena em Cristo!”. Jesus Cristo é modelo de vida plena, pois é extensão do amor de Deus. Deus chama a cada um de nós a todo o momento. Somos convocados porque alguém precisa de nós. É preciso, pois, saber escutar o chamamento de Deus. Condição essencial para isso é silenciar-se e ouvir o que Ele quer falar. Quando nossa atenção se volta para outros “chamados” (egoísmo, intolerância, indiferença, individualismo), nos afastamos do amor de Deus e sufocamos nossa vocação.

A vida é plena em Cristo, mas deve ser exercida, praticada, direcionada a partir da perspectiva vocacional de cada um. Se a vocação é para o Ministério Ordenado (primeiro domingo de agosto), que seja exercido no amor ao próximo e no serviço pastoral; se é para a Vida em Família (segundo domingo), que seja na prática fraterna da dedicação aos filhos, na geração de vida, do respeito mútuo, da construção de valores; caso a vocação é para a Vida Consagrada (terceiro domingo), não obstante remeta a esses(as) vocacionados(as) o ardor de permanecer na contemplação orante da Palavra e na assistência ao próximo; se é para os Ministros Não Ordenados (quarto domingo), onde aqui se inserem todos os cristãos, que esses exerçam sua vocação na assunção dos diversos ministérios da paróquia/comunidade, testemunhando e difundindo no seu local de trabalho, de estudo, ou de lazer, o Evangelho, a boa-nova do Reino de Deus.

“Vem e segue-me” é o convite que Jesus faz a cada batizado. É um chamado que amadurece ao longo da vida, até o nosso “sim” final. Embora teimemos em postergar nosso aceite, Deus não desiste e vai chamando a cada um pelo nome.

Que Nossa Senhora, mãe da Igreja e modelo dos seguidores do Evangelho, ajude-nos a responder “sim” ao chamado de Deus e, assim, possamos viver a vocação nossa de cada dia! Amém. (EAC)

A família, o trabalho e a festa

17 jul

A família é querida por Deus

Quero refletir com vocês sobre o VII Encontro Mundial das Famílias, que ocorreu na cidade de Milão (Itália), em especial sobre o tema proposto: família, trabalho e a festa. Famílias representantes de todo o mundo estiveram com o Papa, e quiseram saber do Romano Pontifíce o quê a Igreja tem a dizer sobre os problemas mais emergentes do século XXI. A família ocupa um lugar importante e insubstituível na sociedade hodierna.O tema abordado neste VII Encontro refere-se, então, a estas três palavras que envolvem o modo de ser e de viver das pessoas, ou seja, as relações sociais (família), seu comportamento  no mundo (trabalho) e a humanização do tempo (festa). Por sinal, esse será o mesmo enfoque da Semana Nacional da Família, que acontece de 12 a 18 de agosto.

A família é chamada, convocada, a ser imagem do Deus trinitário, na relação entre o homem e a mulher. No relato da criação, a assertiva revela que “Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus: Ele os criou homem e mulher” (Gn 1,27).  O matrimônio é o fundamento da comunidade familiar. É onde o amor conjugal se ordena à procriação e a educação dos filhos, na qual encontra a sua coroação. O amor conjugal é essencialmente dom, enquanto conduz o casal ao conhecimento recíproco que os torna uma só “carne”.

O Papa, em um dos seus discursos em Milão, afirmara que o “amor é o que faz da pessoa humana a autêntica imagem da Trindade, imagem de Deus”. Amor desprendido de desejo, mas desejoso pelo crescimento do outro; amor doação, não interesseiro; amor elevação, não oprimido; amor dialogal, não unilateral; amor sublime, não mesquinho e interesseiro. Amando assim o casal e, por conseguinte, toda a família, torna-se uma valorosa escola de aprendizado das virtudes sociais: respeito pelas pessoas, gratuidade, confiança, responsabilidade, solidariedade.

A família não vive essas dimensões fora da realidade. É imperioso que as vivam frente às dificuldades e dissabores que as relações evocam. No entanto, a superação se dá pela vivência cristã, como descreve trecho da carta aos Hebreus (10,24) “Tenhamos consideração uns com os outros, para nos estimular no amor e nas boas obras”.

Uma das formas de superar esses obstáculos está na própria tríade abordada no Encontro: família, trabalho e festa. De acordo com o Papa, “são três dons de Deus, três dimensões da nossa vida que se devem encontrar num equilíbrio harmonioso”. À família cabem as exigências que lhes é peculiar (casa, filho[s], casal, educação); o trabalho é o espaço de relacionamento entre pessoas de diferentes matizes religiosas e de atuação do leigo; e a festa como momento celebrativo para se cultivar os valores de convivência, amizade, solidariedade, cultura, contato com a natureza, jogo, desporto. É o dia da família, dia que o Senhor preparou para nós que, assim como nos apresenta o relato da criação, em Gn 2,2-3, Deus descansou no sétimo dia e o santificou. Assim nós também devemos viver juntos o sentido da festa, do encontro, da partilha, e claro, da participação na Santa Missa. (EAC)