Domingo da alegria (Gaudete)!

4 mar

Filho PródigoO tema das leituras deste domingo, o quarto da quaresma, retrata o amor misericordioso de Deus. Amor capaz de libertar o povo da escravidão (1ª leitura), de se alegrar com a volta do filho arrependido (evangelho) ou ainda de reconciliar-de com a humanidade ao enviar seu Filho amado (2ª leitura) para emancipar a todos do pecado. As três leituras revelam o jeito de ser e de agir de Deus, sua teofania na economia da salvação.

Na primeira leitura Deus se faz presente na história da humanidade, não se ausenta da dor que sofre a sua criação. “Eu vi a aflição do meu povo que está no Egito e ouvi o seu clamor por causa da dureza de seus opressores, sim, conheço os seus sofrimentos” (Is 3,7). É Deus quem suscita no povo a esperança pela libertação, e anuncia ao profeta que tirou do povo o “opróbrio do Egito”. Celebrar a Páscoa é celebrar a passagem da escravidão para a libertação.

A parábola do Pai misericordioso (Evangelho), ou do filho pródigo, apresenta ensinamentos para os tempos atuais. A centralidade desse texto reside no fato de o filho mais novo, arrependido da sua decisão de abandonar o pai e a família, resolve voltar a casa. O Pai (Deus) não desiste do filho, tanto que mal o jovem aponta na estrada ele vai ao seu encontro de braços abertos. Eis os elementos da conversão: reconhecer o pecado, o erro; mudar de atitude; pedir perdão; e voltar para Deus. O texto poderia terminar aqui, tudo em festa, mas a vigilância sempre se faz necessária, porque as vezes só cumprir preceitos da Igreja não faz a gente crescer como pessoa. Assim foi com o outro filho. O ciúme tomou conta dele e o cegou. Estava ao lado Pai, fazia o que o Pai mandava, cumpria seus afazeres, mas não foi capaz de superar seu comodismo. Estar na casa do Pai renova a pessoa. Torna-se imagem desse Deus que é amor e misericórdia. Paulo, na carta aos Coríntios, afirma que “se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. (…). E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação” (2 Cor 5,17-18). (EAC)

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